Monday, August 13, 2007
Em apenas algumas horas, Johanesburgo já proporciona história sensacional...
Eu normalmente não gosto de viajar de avião, mas o trecho São Paulo – Joanesburgo foi bem tranqüilo, eu estava esgotada fisicamente e isso me ajudou a dormir como uma criança. Também ajudou o alinhamento de Marte com Saturno. Na sala de embarque, entre um soluço e outro, imaginava que tudo o que eu queria era uma poltrona vazia ao lado da minha. Não estava a fim de papo e queria esticar as pernas. Entrei no avião e fui em direção a minha poltrona. Como eu enxergo muito bem, consegui ver, a uma boa distância, que havia um senhor sentado na poltrona ao lado da minha. Fui uma das últimas pessoas a entrar no avião, o vôo estava bem vazio e eu consegui avistar, mais atrás, várias poltronas vazias. Nossa - nem pensei duas vezes. Eu não iria prejudicar absolutamente ninguém se pegasse uma poltrona vazia que não era a minha, certo? E ninguém iria conferir se eu estava sentada na poltrona correta....
Tive que ficar em solo sul-africano por umas 7 horas – uma a mais que o previsto. Durante essas horas, aconteceram algumas coisas estúpidas que acho que vale a pena contar...
Estava carregando duas malas de mão (uma delas tinha 10kg e a outra 5kg) e isso deixou meus movimentos no aeroporto totalmente restritos. Sentei então em um bar/ restaurante e, a primeira coisa que perguntei à garçonete foi: “vocês aceitam dólares americanos?” Reposta afirmativa. Pedi então um suco de laranja e abri o notebook. Bateria no final. Pensei: “que droga - planejamento é o nosso forte”. Passaram-se 15 min. e nada do suco. Chamei outra garçonete (a inicial tinha sumido) e expliquei o que estava acontecendo, com toda a educação do mundo. Ela me trouxe um suco em uns 2min. Continuei acertando uns arquivos no notebook. Tentei procurar uma rede para me conectar, mas nada. Resolvi sair em busca de uma internet – ô vício. Na hora de pagar, saquei minha nota de 20 dólares americanos. A tia queria dar o troco em randes, a moeda local. Falou que não davam troco em dólares americanos. Vocês acreditam? Nossa, fiquei muito p. da vida. Ela tinha que ter me falado isso quando eu fiz a pergunta: “vocês aceitam dólares americanos”? Não?!?! Fiquei tão p. da vida, a ponto de não conseguir raciocinar. Eu tinha que ficar no aeroporto mais umas 5h e, em algum momento, comer. Ou seja, eu poderia ter ficado, sim, com o troco, para pagar o almoço mais tarde. Sem raciocinar, expliquei, desta vez para a gerente do bar/ restaurante, que eu estava de passagem por ali e que não me serviriam de nada os randes. Ela me disse então que havia uma casa de câmbio logo ali, que eu poderia trocar dinheiro e pagar o suco em seguida. Para quem não estava conseguindo raciocinar, pareceu a melhor saída.
Fiquei na fila do câmbio – pequena, mas muito demorada. Na minha vez, descobri que eles cobravam uma taxa de 10 dólares americanos para qualquer transação. Neste momento, voltei a raciocinar e desencanei de fazer câmbio. Voltei lá para pagar o suco, fui direto ao caixa, onde estava uma outra pessoa, totalmente diferente das anteriores. Pedi para ela cobrar o suco. Sem eu mencionar absolutamente nada, adivinhem o que ela me faz: me dá o troco em dólares americanos!!! Não é sensacional?!?! Tive que pedir o troco em randes para pagar o almoço. Vai África do Sul!
O vôo para Sydney estava lotado. O alinhamento de Marte com Saturno não durou muito. Nada de corredor. Nada de janela. 14h com pessoas em todas as direções. Tudo bem, eu estava me preparando há dois anos.
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5 comments:
X.O.
Duas coisas:
1. Acho que num existe mais o termo "estória", acho que é tudo "história".
2. Estou pensando em escrever um texto sobre "A Patinação no Canadá". Você topa fazer um texto sobre "A Patinação na Austrália"? Seria legal hein?
Beijos e saudades
Nossa, e vc deixou as garçonetes anteriores vivas? Eu as mataria!!! aheruaerhuaerhuerah
Saudades de ti! =/
Bom, ao menos as coisas parecem estar dando certo aí, né?
Será que há a possibilidade de me passar seu e-mail? Mandei um no gmail mas parece não ter recebido... =/
Vou esperar até o próximo post! rs
Se cuida Carlinha!
Fique com Deus!
Bjos!!!
oi Ca, meu, o servico na Africa do Sul depois do fim do Apartheid ficou uma bosta. Parece comentario maldoso mas nao e. Com o sistema de cotas (necessario, no meu ponto de vista), qualquer cara sem treinamento consegue emprego. Isso significa muito emprego pros negros e zero para os brancos escolarizados... bom, pra compensar ne?
Oi Carla, saudades moça... to tão devagar na patinação , vc não faz idéia... bjos Isa
Carla
Como esta vc menina patinadora?
E os cursos?
O trabalho?
Os amigos?
A adaptação?
Um abração
Ana Maria
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