Wednesday, October 17, 2007

Sydney Bladers and Paper Scissors - Part 2


Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Não, eu não desisti do Blog. Eu gosto de escrever e às vezes isso se torna uma terapia. Eu sumi um pouco, pois a vida aqui ficou bem preenchida. A pós em logística, que começou meio devagar, resolveu bombar de uma hora para outra: muitos trabalhinhos para entregar. Comecei a trabalhar em uma pizzaria de uns portugueses e isso me toma três noites inteiras por semana. Em paralelo, tive minha mudança para fazer, a casa para arrumar e limpar e aquelas adaptações normais que qualquer mudança demanda. Fiquei sem internet em casa por um tempinho, sem entrar no MSN e no Skype, pois a faculdade não permite. Estou de volta, não sei dizer que com que freqüência vou postar.... quem viver saberá! As licenças poéticas continuam permitidas....

Neste post vou continuar a história do Paper Scissors. Como se trata de uma continuação, sugiro que, se tiverem tempo, leiam o post anterior para entender o contexto. Quem já leu e tem memória boa, não precisa. E quem não quer entender contexto nenhum, tudo bem! As pessoas são livres!

Vamos lá: o rolê continua depois da parada no Mac. Algum tempo depois, pegamos uma descida não muito íngreme, mas bem longa e um pouco escura. Eu não estava me sentindo muito confiante e minhas pernas estavam refletindo isso – eu não estava conseguindo ter controle total do patins nem da situação. Resultado: passei por cima de um obstáculo não identificado, desequilibrei-me e caí, desta vez bem feio. Pior, cai de poupança no chão (a outra), e fui ralando por vários metros – suficientes. Que dor! Como eu estava bem atrás, ninguém me viu caindo, mas nessa hora, a vergonha é simplesmente um sentimento menos importante. Primeiro, apesar de toda dor, eu agradeci por não ter batido a cabeça, nem o rosto e por ainda estar com todos os dentes na boca. Depois pensei: minha bermuda deve estar totalmente furada – vai ser ridículo continuar o rolê nesse estado. Então apareceu um senhor (sim!), que estava patinando com a gente. Ele percebeu minha queda e me ajudou a levantar. Nossa, estava doendo mesmo. Patinamos até encontrar a galera. O rolê continua!

Minutos depois, estávamos passando na frente de um parque (Sydney deve ter uns 30) e alguém teve a brilhante idéia de cruzarmos o parque patinando. O único detalhe é que estavam todas as luzes apagadas!! Não dava para enxergar praticamente nada! Estimo que patinamos no escuro por uns 15 ou 20min. Durante esse tempo, eu continuei no pelotão de trás. Meu coração ficou disparado boa parte do tempo. Foi uma mistura de medo (50%), dor (20%), cansaço (10%), prazer (20%). Medo do escuro, medo do desconhecido, medo de cair de novo. Dor e cansaço – não preciso explicar o porquê. E finalmente prazer: uma sensação boa de estar fazendo algo inédito, em um lugar inédito. Meu plano de ação foi: respire fundo e seja otimista! Vamos imaginar a saída logo ali na frente... viva o “The Secret”!!

O parque então acaba e adivinhem: o rolê continua! Sem pernas, sem poupança, mas ainda viva, eu não tinha muita escolha a não ser continuar patinando. Para ajudar, também pensei: pelo menos vou ficar com o bumbum durinho. Ajudou por algum tempo. Minutos depois, pegamos outra descida. Eu continuava no pelotão de trás com cada vez menos controle e dessa vez dividia a última posição com um japonês. Dou um doce para quem adivinhar o que aconteceu nessa descida! Sim, eu caí de novo. Desta vez ralei o joelho – feio – e a outra mão. Agradeci ao meu anjo da guarda de novo por estar tudo bem. E o rolê continua.... vou ter que terminar a história no próximo post!